quinta-feira, 9 de abril de 2009

Faz frio lá fora, meu coração bate acelerado [aqui dentro] como numa fração de segundos, fica mais lento e mais fraco ao mesmo tempo. O dia que queima a noite desfaz a borda da minha alma. No relógio marcam 18:35 - levanto, passo por aquele piso branco e gelado dentre paredes e corredores. Paro de frente ao espelho e mais uma vez sinto-me vazia, lavo o rosto uma ou duas vezes, paro. Aqui dentro tudo se torna mais difícil, até respirar se torna uma tarefa árdua, e ao pensar que estamos distantes, soluço - busco o ar dentro dos pulmões de forma desesperada, isso entre dois ou três segundos. Mantenho-me aqui é que ás vezes perco noção de hora, espaço e lugar. No silêncio da cama, apenas pontas de luzes coloridas entrando no quarto me fazem pensar. Mas preciso reorganizar meus pensamentos. Deitar e não dormir. Observar. Ver o escuro. As paredes ganham formas particulares, a dilatação ocular da noite revela detalhes que ninguém se preocupa em ver às claras. Logo alguém te chama, volta a realidade. Brisa. Sombras. E a sua pupila cada vez mais captando as nuances que se escondem na noite.

Me viro, reviro, retorno.

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