sexta-feira, 31 de outubro de 2008

19:44 PM Carta ao medo

Oi medo, Por incrível que possa parecer, resolvi escrever pra ti. Mas por que será? Então, digamos que cansei de ser incomodada por você. É, muito inconveniente sua presença. Chega sem avisar, sem ser esperado. Isso cansa sabia? Ah, não sabia? Pois fique sabendo agora. Cansei de palpitações em horas indesejadas, suor frio, respiração ofegante. Insegurança. Tudo isso é culpa sua, pode ter certeza. Não quero isso para mim, não quero mesmo, e nem pense em me perturbar que não estou nem um pouco disposta a aceitar seus insultos. Não to a fim, será que é tão difícil entender isso? Creio que não seja. Quase sempre você me importuna: Quando vou deitar e apago a luz, você faz questão de dizer: Oi, estou aqui. - Se vou fazer prova e não estudei tanto, lá está você. É, mas convenhamos, que às vezes você me livra de algumas situações não muito agradáveis. mas são excessões!. Ah. Você faz questão de me deixar insegura: Na hora de ser aceita, na hora de conversar, na hora de acreditar e confiar em alguém! Cara, se toca, por favor. Não quero nem preciso de você perto de mim. Acredito que não necessite de despedidas, agora sinta na pele o seu próprio veneno. Para terminar só te peço uma coisa:
Durma, medo meu!

domingo, 26 de outubro de 2008

Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade, não conseguirei dizer mais nada, não tenho culpa, estou apenas sentindo sem controle, não me entenda mal, não me entenda bem, é só essa vontade quase simples de estender o braço pra tocar você. já dissemos tudo o que pode ser dito entre duas pessoas que estão tentando se conhecer, tenho a sensação, impressão, ilusão de que nos compreendemos, agora só preciso estender o braço e com a ponta dos meus dedos tocar você. Apenas olha pra mim, sorri. Quanto tempo dura? ow, despencou uma estrela e fizemos, ao mesmo tempo e em silêncio, um pedido, dois pedidos. Pedi pra saber tocá-la. Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, se entreabre lenta, úmida, cigarro, chiclete, conhaque, vermelho, os dentes se chocam, leve ruído, as línguas se misturam. Naufrago em tua boca, esqueço, em tua saliva, afundo. Escuridão e umidade, calor do teu corpo contra a minha coxa, calor do meu corpo contra a tua coxa. Amanhã não sei, não sabemos.
Pensei em você. Eram exatamente três da tarde, sei porque perdi a cabeça como se você fosse uma tontura dentro dela. - O telefone toca três vezes. O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, alguma coisa então pára, as coisas param. As pessoas cortam sempre meu caminho à procura de cigarros, esqueiros, sexo, dinheiro, palavras e necessidades obscuras, que não chego a decifrar em seus olhos.. Tenho pressa, não podemos perder tempo. Já não identifico nenhuma palavra no que diz, me deixo levar ao movimento dos teus lábios. Apenas me deixo embalar pelo ritmo de sua voz, dentro dessa melodia monótona repetitiva. - Quase três da manhã. 02:43 Então, não temos onde ir, nunca tivemos aonde ir. ;x Preciso parar de beber, parar de fumar, parar de sentir - estou muito cansada - anormal, eu tenho medo - medo é culpa, medo é moral - não vê que é isso que eles querem que você sinta? Medo, culpa, vergonha - eu aceito, eu me contento com pouco. Eu quero risco, não digo. Nem que seja a morte. Chega em mim sem medo, toca meu ombro, olha nos meus olhos, como nas canções. Nada mais importa. Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa. O resto? Ah, os restos são restos. E não importam. - Ou Julho, Agosto, Setembro, Outubro. ora os mais felizes, Ora os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo; Olho tudo isso que vejo, e vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a perfeição das coisas, vou dizendo leve, então - e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você muito de você. Tantas mortes, não existem mais dedos nas mãos e nos pés pra contar os que se foram. Viver agora, tarefa dura. De cada dia arrancar das coisas, com as unhas, uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. Por favor, não me empurre de volta, há muito tempo estava acostumada a apenas consumir pessoas como se consome cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. - Mas não, não com você. - Então vou apagar a luz e mergulhar de olhos fechados na curva do meu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro do teu corpo apertado contra meu corpo, apalpar,
senti-la.. Sem entender, lá vou eu abandonada, apavorada, e amanhã não desisto.
Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro.
Não temos culpa. Tentei. Tentamos.

18:17 PM

Preciso revelar o que se esconde por trás do meu pensamento, preciso escarrar o que me sufoca, o que me angustia, não sei o por quê de eu estar tristonha hoje, o que é fato é que a tristeza me afetou. Nada me satisfez hoje, não sei o que é, talvez eu esteja crescendo, amadurecendo, perdendo algumas ilusões para adquirir outras. Então, preciso esvaziar-me de mim, por isso escrevo agora, escrevo porque esse instante existe, e ele quem me faz pensar. E não apenas penso, mas também revelo o que estou pensando nessas palavras não muito coerentes, talvez pareça desconexo mas não quero escrever o que seja passível de ser entendido, quero transcender.. Nesse fluxo de pensamentos soltos transpostos em palavras alivio minha alma, não é apenas um exercício da escrita, mas para mim é também um exercício de auto-conhecimento. Escrever me permite conhecer além do que eu acho que eu sou, traz à tona o que finjo ser e o que eu gostaria de ser também. Continuamente escrevo, na necessidade da busca incessante de aliviar o que me angustia. Não sei o que me angustia, talvez o excesso de horas solitárias estejam afetando meu humor, que por sinal, esta ocilando muito. Mas, não culpo a tristeza por nada não, aliás agradeço sempre. Ela nunca vem sozinha, junto com ela vem a maturidade me dizendo que eu cresci, que as coisas mudaram, e mudarão ainda mais. Aliviada, paro por aqui! 18:31 PM

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

friday 00:42 AM

Hora de voltar a escrever todos os dias. ;
É, estou crescendo, estou amadurecendo. mais uma fase do ciclo se fecha, para que outras sejam abertas. tenho notado uma serenidade constante na minha vida, essa inconstância quase sempre me irrita, mas graças a ela nunca sou a mesma. do que adianta ser sempre a mesma ? A mim, NADA, absolutamente nada.Vivo, um dia de cada vez e de cada jeito. qual seria a graça se todos os dias acontececem as mesmas coisas? então, por isso não quero ser a mesma. Mudo, mudo constantemente, feito borboleta. em constantes mudanças cresço. Embora nem sempre essas mudanças me tragam alegrias. De fato, nem sempre eu mudo e deixo que isso transpareça.. As vezes n é tão bom viver numa montonha russa emocional, mas tenho que confessar que ora estou impulssiva, ora acanhada.. e por aí vai. Rir e chorar no intervalo de 3 segundos pra min, é muito fácil, desde que eu tenha motivos! sou extremamente sensível (por incrível que pareça).

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tuesday

As vezes nao á nada que se possa fazer para manter-se vivo.

Colocando-me no seu lugar, eu até te entendo. Mas os dias vão passar, e tudo que tenho recebido vai voltar para o devido lugar de onde veio. e eu só espero que não seje tão duro pra você, quanto tem sido pra min. eu espero mesmo.. (U) :~

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

i think its time to just move on. :~