terça-feira, 4 de novembro de 2008

Madrugada do dia 3 de novembro de 2008, uma terça-feira. Rolo de um lado para o outro da cama tentando dormir e o sono não chega, tem sido assim todos os dias. No celular marcam 3 horas. Ansiosa, decido levantar, acendo a luminária do criado-mudo, sento à beira da cama e penso no que poderia cessar minha ansiedade. A casa está em silêncio e o quarto escuro. De repente, sinto uma coisa estranha no ouvido, saio do estado de repouso. assustada, sinto minha respiração ofegante, meu corpo se arrepia aos poucos enquanto tenho alguns espasmos. Sinto como se algo tivesse explorando meu corpo, beijando suavemente cada parte.. Mas no entanto não consegue alcançar meus lábios, sendo assim, procuro descobrir até aonde poderá chegar. - Devora-me devagar até alcançar meu pescoço, provando o meu gosto. A cada conquista, a lascívia aumenta. Ao mesmo tempo em que resisto, permito-me. Continua a sua descida, levanta a parte superior do meu corpo, me joga novamente na cama e prende meus braços acima da cabeça, encosta seus lábios nos meus passa suavemente sua língua em movimentos circulares. Sinto um frenesi, como se fosse arrebatada de prazer. Num movimento rápido sobe e tenta alcançar minha boca, fujo mais uma vez, não insiste. Frustrado (ou A), continua sua busca de onde parou. Tento explicar com palavras as sensações do corpo, mas não consigo.. com minha voz embargada, na beira da cama, peço para que aquela sensação pare. Peço, mas no fundo quero que continue. E, como se lesse meus pensamentos, algo continua a explorar minha mente, meus ancêios.. Sobe aos poucos, num movimento inverso, reexplorando cada parte já conquistada . Em sua escalada chega novamente à minha face. Sinto sua respiração forte em meu rosto, temo, pois nunca aconteceu algo parecido antes ; e como se pede licença encosta seus lábios nos meus e coloca lentamente sua língua em minha boca, e se entrega, como se entrega a vida e a alma; o beijo começa lentamente, tímido, mas toma conta de min, dos meus pensamentos... parece muito real.

devaneios meus..
ato de devanear: sonho; fantasia; capricho da imaginação; delírio;

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