terça-feira, 10 de março de 2009

O silêncio disfarça e envolve os tremores, tudo discreto. Sabes um pouco desta dor que tarda em acalmar e o anônimo peso desta distancia. Custa esta insuficiência de palavras, as repetições, mas tudo soa tão desesperado - que dói observar. Um pouco de velocidade imóvel, resta á conversão das saudades, a contemplação das horas. Instáveis coordenadas, as marcas na pele, recusa o renascer das luzes e tudo se inunda nesta queda, - vazio.
Adoro ficar acordada quando devería estar dormindo, mas é que toda noite já parece tão curta e é a noite que eu te sinto mais perto, é a noite (veja bem, todas as noites) que eu quero encostar a cabeça no teu colo e sentir você. Respiro palavras.
Quando eu acordar será sempre dia e terei vontade de sair da cama somente para gritar: I’m here. Já não tento curar solidão numa garrafa, tenho apenas uma certeza na vida, leio todos os dias (escrevo também!), - Um dia, talvez acordarei com ela ao meu lado, e ela irá sorrir. E vai ficar pra sempre, até lá, não é necessário 'dizer nada', os olhos sempre dizem mais.
Diz apenas que fica. – silêncio.
Onde day, four hours.

Eu poderia pensar, 'espero que ele beije tão mal que não haja como suportar' - mas pensando bem, se isso fará ela feliz espero que dê certo. Por enquanto finjo que nada sei. Mantenho meus pensamentos alinhados, enquanto tudo acontece bem aqui do meu lado. (bem do lado). Existe uma luz no fim da estrada, eu estou empurrando todos por alí. Porque eu não posso mais. Você já esteve tão perdido? Conhecia o caminho e mesmo assim se perdeu? - bem vindo.

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